segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Poesia Prevalece mesmo

Hoje resolvi falar um pouco de mim. Primeiro, porque tenho andado sem inspiração pra textos mais complexos. Depois porque preciso atualizar meu blog e estou aproveitando minha leve insônia dessa madrugada de segunda-feira.

Conversando com minha tia outro dia, ela me perguntou quem escrevia os textos do meu blog. "Oras, eu!". "Menina, mas você faz matemática!" -disse Tia Shirley. Pois é, faço. Não acredito que escrevo tão bem assim pra tamanho espanto.[1] Mas minha tia me conhece, talvez uma das únicas que me conhece tão bem. E ela sabe que é uma das principais culpadas por esse meu gosto [A]normal por literatura e por isso me arrisco de quando em vez a escrever bobagenzinhas. Sim, eu amo literatura!

Tudo começou de um forma "sutil", digamos. Quando eu estava na terceira série ela mandou eu ler "Pollyana Menina- de Eleanor Porter" [2] Depois surgiu com "O menino do dedo verde", os clássicos de Shakespere entre outros. Depois, pra completar, na quarta série eu tive aulas com Tia Ladinha que é uma fanática por literatura e fazia com que todos lessem um livro por semana e depois teriam fazer um resumo literário - tinha até caderninho especial pra isso. Foi quando eu conheci os livros de Monteiro Lobato e as aventuras do Menino Maluquinho. Apesar dela brigar comigo por causa do meu amor explícito por matemática, ela foi marcante - de forma positiva - em minha vida. Depois apareceu o Sarau do Centenário do meu amigo Carlos Drummond de Andrade e antes que eu me esqueça uma gincana de leitura na sétima série.

Bom, os relatos citados anteriormente ocorreram por volta do ano 1999-2003 E com o decorrer do tempo, eu fui esquecendo esse meu lado amante da literatura (brasileira, principalmente). Eu tava certa de que queria seguir na matemática, mas isso não me impediria de continuar com minha literatura. Mas infelizmente, eu a esqueci. Na verdade, durante esse anos de "Menina-das-Exatas" eu comecei assumir um lado muito racional e minha sensibilidade, meu lado-poético andou meio adormercido.

"E como ele "despertou"?" Oras, essa é fácil de responder e espero uma compreensão de todos vocês. Em meados de 2008, quando já estava na faculdade, um amigo me apresentou uma banda chamada "O Teatro Mágico". "E o que uma "banda-de-nome-estranho" tem a ver com isso?" TUDO! O Teatro Mágico não é uma simples banda, da mesma forma que eles não são apenas palhaços em cima de um palco - sim, eles "se fantasiam" de palhaços durante do show. Eles formam um trupe de apoio a música livre, toda a divulgação é feita via internet e de amigo-pra-amigo, não vendem cd's - todas as músicas estão disponíveis pra download no site deles. E as músicas tem o dom de mexer com meu íntimo, me tocam, me inspiram, me fazem ficar engajada nesse projeto-música-e-arte-independente. Nem é difícil de enxergar como eles tem o dom/poder transformador nas pessoas - uma trupe que começou com o Fernando Anitelli e seus Sarau's, fazendo poesias, e na voz-e-violão... chegou num patamar tão alto sem precisar pagar jabá's pra rádios e tv's pra divulgar o seu trabalho.



O Fernando, vocalista e idelizador, costuma dizer: "Viver é um arte!". Eu re-aprendi a viver: "vivendo a vida mais leve" e "não acomodando com o que incomoda".




"A POESIA PREVALECE!"

Ah, hoje eu recomendo uma música da época do Sarau do Fernando:
- Folia no Meu Quarto

Nota:
[1] Acho que o mais "absurdo" foi eu ter gabaritado a prova de português de um concurso que fiz semana passada. Hehehe
[2] A próposito, eu recomendo. Acho que é um livro que deve ser lido por todas as pessoas independente da idade.


P.s.: Ainda em tempo, tenho que dizer que meu blog é baseado numa música d'O Teatro Mágico chamada "..." (reticências).
Música
Letra

domingo, 4 de abril de 2010

Despedida



Chegada a hora da despedida
E na ânsia por mais um tempo juntos
Os olhares se comunicam

O silêncio predomina

Len-ta-men-te as bocas se encontram

Prevalece a dor da partida
E as lembranças levam no coração
Carregam também a incerteza
De que um dia novamente se encontrarão